
E que da lama que em meus sapatos ficou
Se alimente o chão em que eu pisar,
E que se formem flores, grama,
E que nada deixe a desejar...
Que do sol, a tristeza que emana
Seque em panos soltos em varais
E que os sonhos que a mente tanto ama
Se percebam nos chás e jornais
Pois são tantas as colchas, os tetos, os sons, os afetos, os tons, os incertos, os tais e afins
Se diga o que diga, que se mate a fadiga
Hoje os meios implicam os fins...
E que da água que em meu olho brotou
Se saciem as plantas sobre as quais me deitei,
E que se tornem belas, claras,
Como o sorriso que há tanto dei...
Que das nuvens, o período se encurte
E que da chuva caia o certo, o que repercute,
Pois são tantos os solos, os colos, os bancos e os novos,
Que da chuva floresçam os povos
E da água se forme a lama.
Os meus sapatos já estão sujos de barro,
Que eu possa pantar bananeiras...
"O sol já nasceu na estrada nova, e mesmo que eu impeça, ele vai brilhar"
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