segunda-feira, 23 de junho de 2008

Estrada de terra



E que da lama que em meus sapatos ficou

Se alimente o chão em que eu pisar,

E que se formem flores, grama,

E que nada deixe a desejar...

Que do sol, a tristeza que emana

Seque em panos soltos em varais

E que os sonhos que a mente tanto ama

Se percebam nos chás e jornais

Pois são tantas as colchas, os tetos, os sons, os afetos, os tons, os incertos, os tais e afins

Se diga o que diga, que se mate a fadiga

Hoje os meios implicam os fins...

E que da água que em meu olho brotou

Se saciem as plantas sobre as quais me deitei,

E que se tornem belas, claras,

Como o sorriso que há tanto dei...

Que das nuvens, o período se encurte

E que da chuva caia o certo, o que repercute,

Pois são tantos os solos, os colos, os bancos e os novos,

Que da chuva floresçam os povos

E da água se forme a lama.

Os meus sapatos já estão sujos de barro,

Que eu possa pantar bananeiras...

"O sol já nasceu na estrada nova, e mesmo que eu impeça, ele vai brilhar"

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