domingo, 11 de janeiro de 2009

Um copo de sorriso...


Respiro os olhos dos que estão em volta
E me sorvo de sorrisos, eu inspiro suas setas
Enxergo o mundo por meus passos, afasto a névoa envolta
Dura pouco, mas há sempre fundos que distinguem minhas retas
Eles falam de verdades, mas de forma tanto bruta
Que até a luz do dia me parece muito incerta.
São sorrisos à minha volta, mas já a mente executa
O que há dentro de tão seca e dolorosa fruta:
De imagens tenebrosas aos sons mais estranhos
Dura apenas um segundo, e os estragos são tamanhos...
Mas tão logo como chegam, eu inspiro uma guinada
De sorrisos, ainda mesmo que estranhos
E me afasto dos momentos que enuviam essa relva tão dourada.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Essência


As incertezas são internas
E as luzes são claras.
A essência é a mesma, seja a forma qual for
Ela é incerta, mas é luminosa
Uma melodia que se espalha
Com o dom de deslizar suave e de tal maneira
Que não haveria certeza mais perfeita.
A luz da essência é sempre acompanhada pelo vento
Um momento de divindade que invade os corpos
Um instante vagaroso e singelo
Quando os olhos se fecham
E, seja de vida, aroma, som, ou gosto
A forma essencial é tomada.