
Todo santo dia sinto sua falta,
Como se sentir falta fosse mais falta do que se fazer.
E conforme os dias passam, sinto falta do que sempre falta
E vejo que o seu rosto é o que me falta no amanhecer.
Seu rosto é o que me faz silêncio, é o que me faz saudoso no entristecer
Seu riso no meu pensamento, seu dourado intenso,
Seus olhos são de tudo um pouco, onde atormento o meu sentimento ao adormecer.
Toda santa tarde sinto sua falta,
E em cada laço falta o que você laçava por me conhecer.
E sempre que a tarde se arrasta, cada vez sua falta engrandece a falta
Que entrego aos outros, sem a compaixão que só me falta ter.
Sua voz é o que me faz confuso, é o que me faz pensar que já não posso ser
Seu timbre é o que me faz agudo, seu carimbo mudo
Seu corpo é meu mar de rosas, onde teço a prosa que me diminui ao te engrandecer.
Toda santa noite sinto sua falta,
E em cada estrela que no céu me falta eu procuro a falta de poder perder
Consoante a lua se afasta, e a sua falta só me traz mais falta
Eu me entrego em falta, pois me falta força para proceder.
3 comentários:
Dá vontade de te dar um abraço em cada fim de verso, pra dizer que no fim vai dar tudo certo. Que a falta logo se torna lembrança gostosa de se ter.
Nossa, meu amigo...
Amei...Amei seu poema e, neste momento, faltam palavras para demonstrar o que senti ao ver sua alma exposta...
A saudade é o revés de um parto.. é arrumar o quarto do filho que já morreu...
Isso é falta... o resto é saudade..
De que? De você...beijos
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