segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Amantes sobrepostos.



O tempo e a distância são amantes no momento
Em que contornam o espaço em relevância do que se diz sentimento.
São dez passos pela noite escura, e talvez
A distância lhe cause paúra, que por vez
Entorpece o poema em rasura, pois distância, apesar de se medir
Apesar de ser real, a distância é abstrata, é capaz de se sentir.
São dez horas pelo mundo afora, e assim
Tempo passa, mas não vai embora, e por fim
O futuro chega e se torna agora, pois o tempo, apesar de mensurável
Apesar de ser real, e de ser quase palpável, é capaz de destruir.
E a tormenta só se segue caso não haja esperança,
Mas se o tempo e a distância se colocam em plena dança
Sobrepondo-se um no outro, em um simples movimento
A tormenta desses ambos engrandece um sentimento
Um talvez tão poderoso que supere espaço e tempo...
O tempo e a distância são amantes no momento
Em que fazem dois espaços se amarem em pleno tempo.

2 comentários:

Tefi disse...

Que bonito Matheus! O tempo e a distância, amantes. Falando assim fica bonito, tão romântico.
Um beijão.

Evelyn disse...

Eu amei..
Tempo e distância nunca pareceram tão próximos.