quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O dono de si só pertence à lua...



Mártir através das noites, caçador dos ventos, temerosos ventos
Das relvas frias, das horas tão vazias, que nem mesmo o dia poderia enxergar
Pois a dança cujas patas articulam nesses solos, argilosos solos
É tão bela, simplesmente tão singela, é repleta da cautela que nenhum consegue copiar.
Filho pródigo da natureza, formador dos bandos, numerosos bandos
De sua raça, de seu grupo sempre em massa, expressando toda a graça que seu corpo admite esbanjar.
Melancólico ao luar, descritor dos sentimentos, pesarosos sentimentos
Que expõem à luz da lua sua alma nua, crua, ecoando em toda rua seu uivo cortante, em um choro de gelar.

4 comentários:

Evelyn disse...

Seu texto tornou o luar praticamente palpável..
Senti uma calmaria contagiante.

- disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
- disse...

-
Adoro vir aqui e ser transportada, me deixar levar pelo cheiro e pelos sons de cada palavra. Embarcar na harmonia inteligente de suas palavras e ouví-las ressoar.

Saudades suas.

ps. suas últimas palavras em seu último comentário fizeram o meu dia.

Tefi disse...

Matheus, se é uma música, eu quero ouvir, se não for, poderá ser, pois tem uma sonoridade linda, agradável.
Abraços.