Que sobe no rosto, que cliva o ar
Que deixa exposto, que queima o olhar,
É tão rara, sombria, é tão clara e esguia
É o que se extinguia quando era um dia o que não parecia ser.
Que só dura um momento, que se faz corar
Que congela o tempo, que grita ao pulsar
Se faz algo, somente, se transforma em repente
É o que se transtorna quando se adorna o véu que se torna vermelho ao crescer.
Que tange a boca, que nos faz calar
Faz da mente pouca, do piscar luar
É tão triste e fria, tantas vezes tardia
É a sôfrega agonia, que mais dia menos dia vem a poucos, ou a muitos envolver.
2 comentários:
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E estou sempre à espera de um novo mergulho nesse mar tão verdadeiro e tão teu. E quando lembro que não sei nadar, tuas palavras já me inundaram de vida e não me resta mais nada.
:)
Nunca vi descrição tão perfeita do que é a vergonha, esse momento que parece tão banal e aos outros, engraçado, mas para quem está sentindo, tão profundo. Um momento que dura segundos, mas parece que nunca vai acabar. Parabéns.
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