quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O que eu não fiz, faria



Para ganhar um sorriso seu
Rodei o mundo numa folha de papel
Em traços tortos travessos eu
Criei desenhos pelas linhas do pincel
Para arrancar um sorriso seu
Eu desceria o Everest de rapel
Mesmo não sendo um estilo meu
Esculpiria a Terra apenas com cinzel

Para lhe dar um sorriso meu
Uma garrafa na cabeça já bastou
A minha mente se contorceu
E pelos "ésses" sua língua se enrolou
Para ganhar um só beijo seu
Me vi capaz de ir pulando até Moscou
Voltar rodando em um pneu
Acender com as mãos um fogo que apagou

E os versos tantos
De cada música, canção ou poesia que eu lhe escrevi
Dispersos na imensidão
Sejam em folhas, telas, cartas, linha, vozes
Não me deixam mentir

Enquanto o tempo passar, enquanto o céu transladar
E pela terra eu me firmar
Lhe conto histórias, faço perguntas
Que você me traz

Quantos minutos tem um ano?
Essa pergunta você ri ao responder
Existe um só oceano?
Só dividiram para termos que aprender
Qual é o propósito humano?
Essa resposta todos queremos saber
E se eu dissesse que a amo?
Assim do nada, soaria um clichê...

Para ganhar mais um beijo seu
Me vi capaz de fazer mais essa canção
Formar pilares de luz no breu
Brincos de pérolas com bolhas de sabão
Para ganhar um sorriso seu
Reescreveria a bíblia inteira em catalão
Leria os livros que você leu
Viajaria de fusquinha até Plutão

O versos tantos
De cada música, canção ou poesia que eu lhe escrevi
Dispersos na imensidão
Sejam em folhas, telas, cartas, linha, vozes
Não me deixam mentir
Enquanto a Terra girar, enquanto tempo rodar
E pelos versos eu me expressar
Eu conto histórias, eu canto versos
De um ano atrás:
Princesa dos meus prantos você me Sara(h)
E por todos os cantos me faz voar.

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