
A Lua te cobria quando aconteceu...
A tua face angelical em fogo contorcido
O teu sonho de menina com tua pele derreteu.
E no entanto, pouco importa, é verdade
Não parece, e além disso, quem palpita?
E que vida é a minha para comentar?
Eu enxergo com meus olhos quem te olha com maldade
E no entanto, eu não os compreendo.
Sim, é fato que um dia quem tu foste desapareceu
Que tua imagem, no retrato tão reconhecido
É lembrança de jornal ou pensamento em breu.
E ainda reafirmo, nada mais que vaidade
Pelo menos aos meus olhos tu ainda és bonita
Tão bonita como a velha noite de luar
Tão bonita como se ainda em flor da idade
Tua vida progredindo, tua alma florescendo.
Tu és fruto do momento em que a vida intercedeu
A fazer de tua imagem um luar enriquecido
Pois a Lua é a tua imagem, desde a noite em que nasceu
O teu rosto, resultado de tamanha claridade
Que, assim como tua alma se transforma e grita
Grita inspiração, e a força espetacular
De quem vive, e prossegue com vontade
Uma vida exemplar, cujas faces eu entendo.